sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A Última Ceia

Uma outra interpretação vem sido disseminada por Dan Brown, autor do livro O Código Da Vinci, de que o discípulo à direita de Jesus Cristo, João, seria na verdade Maria Madalena. Suas feições femininas e traços delicados seriam indicações disso.

Pela simetria nas roupas de Jesus e de Maria, os dois (Jesus e Maria Madalena) poderiam formar um casal. Segundo ele, notar-se-ia que as cores das roupas de Maria e Jesus são opostas: Maria (São João Evangelista) usa um vestido azul e uma manta vermelha e Jesus uma veste vermelha e uma manta azul, o que, segundo alguns, pode ter semelhanças com a representação oriental do Yin-Yang, o equilíbrio entre o masculino e feminino. Ao lado de Maria Madalena, Pedro estaria curvado de uma maneira ameaçadora, e a mão em direção ao pescoço dela seria um gesto negativo ou de morte, outra teoria seria que Pedro, através de um gesto de amizade, pedir a São João Evangelista para que perguntasse a Cristo quem o trairia. Outra interpretação é que simplesmente se trata da introdução do Santíssimo Sacramento notado pela presença do pão e do vinho nas mãos de Jesus. Esta suposta simetria pode ser desmentida por ser contrária à proposta formal de Leonardo. Por sua vez, similar à já empregada em "A adoração dos reis magos", onde divide a cena em dois volumes simétricos. É exatamente o que se dá aqui, notando-se que o centro absoluto da obra é Cristo, e os outros personagens formam um cenário simétrico.

Aluns buscam deixar dúvidas no ar sugerindo que Pedro sentia ciúmes pelo fato de Jesus confiar a Maria Madalena mais responsabilidade que aos seus apóstolos. Pode-se notar inclusive (na imagem ampliada) que ao centro, há uma mão segurando um punhal, que supostamente pertence a Pedro (Pedro está com a sua mão direita, com o punhal, estendida para trás, como se quisesse escondê-la), embora alguns especialistas digam que este punhal está de maneira aleatória, não pertencendo a nenhum dos apóstolos. Segundo estudos, tal punhal seria uma alusão a São Simão, o zelota, que era partidário do levante armado para libertar a Judéia do domínio romano.


Também é que a imagem da suposta Maria Madalena, se recortada em um programa de edição de imagens, e movida de modo a ficar à direita de Jesus, demonstra uma precisão incontestável na pose que se forma. Tanto em graus quando na sobreposição, fica nítida a imagem de Maria Madalena com a cabeça apoiada sobre o ombro de Jesus, como um casal. Além disso, supõe-se que o espaço entre Maria e Jesus na figura original foi pintado propositalmente para insinuar um símbolo que se parece com uma letra "V", símbolo do sagrado feminino (também chamado de Cálice (Wicca)). Indo mais a fundo, podemos enxergar uma letra "M", formada pela letra "V" anteriormente citada junto à duas hastes laterais, formadas pelas laterais dos corpos de Jesus e Maria. Esse "M", segundo Brown, seria uma abreviatura de Maria Madalena.

Há somente treze figuras na pintura: estaria faltando um "discípulo", o que seria pouco provável no ponto de vista histórico, mas à luz de uma leitura mais cuidada dos textos e da intenção de Leonardo Da Vinci aquando da realização desta obra prima, a razão para tal poderia ser a seguinte:

O discípulo em falta seria Judas Iscariotes que saiu prematuramente da sala onde decorria a ceia (João 13:30 "Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite.") ficando então apenas 13 elementos à mesa, sendo, segundo o escritor, o elemento em causa a própria Maria Madalena, que, segundo muitas pessoas, poderia ser a companheira de Jesus Cristo.

Um comentário:

Unknown disse...

João não era maria madela isso é serio mds quem acredita nisso tem que procurar estudar ok?!...